Com 22 anos de carreira, a banda mineira Jota Quest lançou o primeiro material acústico, “Músicas para cantar junto” em setembro do ano passado. O material fez tanto sucesso que a banda resolveu estender o projeto com músicas extras, lançadas a partir de maio deste ano. E é essa turnê que os mineiros trazem a Araçatuba no show que vão fazer dia 10 de agosto na Quarta Avenida. Os ingressos custam a partir de R$ 80 e todos os setores serão open bar.
O vocalista da banda, Rogério Flausino, bateu um papo com o Caderno Pop e falou sobre a turnê, escolha do repertório e a saudade do público de Araçatuba.
A banda já tem mais de 20 anos de estrada e só agora surgiu um projeto acústico, formato que o público gosta por ser mais intimista. Por que demoraram tanto tempo? Aliás, rolou um tempo bom entre a gravação e o lançamento. Esse período foi para algum ajuste, definição? Ao todo, quanto tempo demorou desde a ideia até o lançamento?
Rogério Flausino: Fazer nosso “Acústico” era um sonho antigo. Quando chegamos a cena pop-rock, no final dos anos 90, os Acústicos, produzidos pela MTV Brasil, revolucionaram a música brasileira. Naquela época éramos ainda uma banda muito nova e, apesar de termos recebido o convite, decidimos que seria legal criarmos um repertório maior e mais consistente para que nosso “Acústico” pudesse ser algo realmente marcante em nossa carreira. No final de 2016, quando completamos 20 anos oficias do lançamento do nosso 1º disco “J.Quest”, achamos que havia chegado a hora. Então convidamos o Liminha para produzir este álbum com a gente e partimos pra cima! Foi uma “viagem” muito bacana, e no que mais trabalhamos foi em cuidar para que cada canção ganhasse “vida nova”, mas sem perder sua identidade original. Foi trabalhoso construir o “Acústico”. Foram 7 meses de estúdio e ensaios e mais uns 4 meses de pós-produção. Mas quando a turnê começou, sentimos que tínhamos uma pérola nas mãos. Estamos muito felizes com o resultado.
Como tem sido a receptividade do público, já que as músicas da banda são mais dançantes e agora são apresentadas nesse formato? A galera tem cantado mais e dançado menos? Ou no show a gente pode se preparar para dançar juntinho do crush?
RF: Realmente, na nossa chegada ao cenário pop, no início dos anos 90, o que nos diferenciava no meio da multidão de bandas novas era o nosso acento “black”, de nossa relação com o soul, o funk e a disco-music. Porém, alguns anos depois, lançaríamos “canções-de-violão” como “Fácil”, “O Vento”, “Dias Melhores”, “Só Hoje”, entre outras que ampliariam nosso leque de opções, trazendo uma nova perspectiva para a banda. Olhando para estes quase 25 anos de batalha, desde os “butecos” de BH, conseguimos perceber, basicamente, dois “Jotas”: um mais dançante e festivo, e um outro, mais contemplativo e cancioneiro. Foi essa dualidade que nos trouxe até aqui. Acho que agora, com o “Acústico”, está sendo o momento de acariciar o nosso lado “canção”, mas o show não deixa de ter os seus momentos dançantes. No final é sempre uma festa!
A estratégia de divulgação do projeto foi um pouco diferente, com o lançamento de algumas músicas semanalmente até sair o disco inteiro. Isso serviu de termômetro para saber como os fãs da banda iam receber o projeto?
RF: Ficamos muito animados com esta possibilidade de irmos lançando EPs digitais, com duas faixas cada. Foi um lançamento inovador para o pop-rock e super em dia com os novos tempos digitais! Hoje já temos quase 100 milhões de views e plays do “Acústico” e atribuo muito este sucesso à estratégia de lançamento. Estamos lançando agora o 3º single de trabalho do Acústico que se chama “Morrer de Amor” e resolvemos lançá-la com novidades como uma nova mixagem, capinha exclusiva e ainda um “lyric-vídeo” bem legal! Acho que finalmente aprendemos a usar as ferramentas do ambiente a nosso favor. Os fãs estão animadíssimos.
Foi difícil escolher as músicas do projeto? Rolou alguma “briga” para deixar essa ou aquela faixa de lado?
RF: O “Acústico” é uma novidade em nossa trajetória, mas não deixa de ser também um projeto comemorativo e revisional. Para tanto, decidimos que a maior parte do repertório, uns 70%, deveria ser mesmo composto pelos grandes hits, que ganhariam agora, pela primeira vez, uma versão “Acústica”. O restante dividimos entre inéditas e lados-b. No total, trabalhamos em cerca de 32 músicas. Mas nos shows temos tocado umas 24. Não tem tanta briga assim… só um pouco kkk.
O público de Araçatuba vai poder assistir ao vivo o que foi transformado em DVD ou tem rolado algumas mudanças durante a turnê?
RF: O show sofreu poucas mudanças desde o lançamento. A ideia é poder tocar a maior quantidade de músicas possíveis aí em Araçatuba, para matar a saudade principalmente da galera que nos acompanha desde o início da carreira. Não vejo a hora de chegar o dia!
Serviço:
Local: Quarta Avenida
Rua Duque de Caxias, 1900
Abertura da casa: 22h30
Início do show: 23h59
Ingressos: clique aqui
Informações: (18) 99696-9494/99639-3444/3623-8464